Resina para impressão 3D de dispositivos biomédicos
Composição desenvolvida na Unicamp pode ser aplicada na manufatura aditiva de dispositivos médicos omnifílicos, atóxicos e biocompatíveis
Uma nova resina para impressão 3D fotoinduzida foi desenvolvida na Unicamp que permite a produção de dispositivos biocompatíveis e personalizados. A invenção atende à demanda do mercado por materiais que sejam simultaneamente biocompatíveis, adequados aos processos de manufatura aditiva de estruturas robustas e de geometria complexa.
A composição da resina, que é atóxica e com propriedades omnifílicas, é obtidas por uma rota sintética sustentável, que não utiliza solventes orgânicos e nem gera resíduos. Além disso, apresenta elevada estabilidade, podendo ser armazenada por pelo menos 18 meses sem perder sua funcionalidade para a fabricação de dispositivos implantáveis, possibilitando também a incorporação de fármacos e metabólitos hidrofílicos e hidrofóbicos.
Outras vantagens do invento incluem o tempo de síntese da composição, que não ultrapassa as 6 horas de duração e a possibilidade de ser utilizada na substituição ou reparo de tecidos moles, por exemplo. Ainda, ela apresenta resistência à fadiga e à abrasão, o que previne a liberação de fragmentos na corrente sanguínea mesmo quando submetida a solicitações mecânicas repetitivas por longos períodos.
A resina resultante tem emprego na indústria farmacêutica para fabricação de dispositivos biomédicos implantáveis, sejam eles permanentes ou temporários. Entre suas aplicações, ela pode ser utilizada na produção de componentes como stents vasculares ou próteses ósseas com liberadores de óxido nítrico (NO).