Durante o processo de produção do etanol a partir da fermentação alcoólica da cana-de-açúcar ou da beterraba, as destilarias necessitam adicionar volumes elevados de ácido sulfúrico na etapa de tratamento do pé de cuba (tratamento dos microrganismos agentes da fermentação) para rebaixar o seu pH, entre outras finalidades necessárias no processo. Mas o ácido sulfúrico é um ácido mineral, não renovável, e ainda origina a incrustação de substâncias nas colunas e trocadores na destilação (equipamentos utilizados no processo), além de outros aspectos negativos por ele causados.
Para substituir o emprego do ácido sulfúrico – e de outros ácidos minerais utilizados como alternativa –, pesquisadores da Unicamp desenvolveram uma tecnologia para o tratamento do pé de cuba usando o dióxido de carbono (CO2) oriundo do próprio processo de fermentação como agente acidulante.
O CO2 é uma fonte renovável e permite reduzir os custos com o uso do ácido sulfúrico, diminui a incrustação de substâncias nos equipamentos, favorece um maior controle da contaminação microbiana e reduz o consumo de antibióticos e de biocidas. Tudo isso contribui para diminuir o custo operacional do processo, com o emprego de uma fonte mais amigável ao ambiente.