Encontrada em várias regiões, a água salobra não é adequada para o consumo humano, pois sua concentração de sais é superior à que o organismo tolera com segurança, podendo causar desidratação e outros problemas. Apesar disso, ela pode ser purificada por processos de dessalinização, tornando-se uma fonte alternativa de acesso à água em regiões com oferta limitada. Contudo, os métodos tradicionais de purificação dessa água são caros, consomem muita energia, podem ser de alta tecnologia, operam de forma intermitente e ainda geram resíduos com alto teor de sal, dificultando seu descarte.

Diante desses problemas, pesquisadores da Unicamp desenvolveram um dispositivo de pequeno porte, capaz de purificar a água salobra de maneira contínua e com menor consumo de energia. Planejado para ambientes com infraestrutura limitada, o método associado permite uma dessalinização térmica mais acessível, promovendo a produção constante de água potável sem depender de processos industriais complexos e sofisticados, mesmo gerando resíduo com alto teor de sal.

O novo dispositivo apresenta como principais vantagens a redução significativa no consumo de energia, a possibilidade de operação contínua (sem necessidade de esperar ciclos completos) e sua maior viabilidade econômica, o que o torna adequado para comunidades carentes e áreas isoladas.