O interesse na pesquisa de novas substâncias ativas de origem vegetal tem aumentado significativamente, em especial no desenvolvimento de novos fármacos com potencial aplicação em tratamentos de saúde.
Uma planta nativa do Brasil, a Arrabidaea chica verlot, conhecida como pariri, crajiru, coapiranga, chica ou cipó-cruz, entre outras denominações, apresenta elevada eficácia em processos cicatriciais, com propriedades terapêuticas que combatem enfermidades da pele (psoríase, feridas, úlceras) com ação anti-inflamatória, antibacteriana e antifúngica, entre outras propriedades benéficas ao nosso organismo.
Tendo esta planta nativa como objeto de estudo, um grupo multidisciplinar de pesquisadores da Unicamp desenvolveu um composto farmacêutico estável à base do extrato da Arrabidaea chica, veiculado em sistemas de liberação micro e nanoparticulados que garantem proteção e estabilidade ao seu extrato bruto. Esse desenvolvimento favorece a preparação de medicamentos para atividades cicatrizantes, possibilitando que o composto tenha potencial de uso em tratamentos de enfermidades da pele por meio de uso tópico, ou seja, com medicamentos administrados diretamente na pele.