A doença de Crohn é uma condição crônica que exige acompanhamento e tratamento contínuo. Um dos medicamentos usados nesse tratamento é o infliximabe (IFX), que deve ser ministrado de maneira cuidadosa para ter eficácia. Contudo, a medição do nível ideal do IFX no sangue (nível sérico) e a estimativa da resposta do paciente são grandes desafios enfrentados, pois envolvem variáveis clínicas, laboratoriais e epidemiológicas. E decisões baseadas em dados imprecisos podem reduzir a eficácia do tratamento e até agravar a doença.

Para tornar o tratamento dessa doença mais eficaz, um grupo de pesquisadores da Unicamp desenvolveu um software que usa inteligência artificial baseada em redes neurais para analisar informações de pacientes com a doença de Crohn tratados com o IFX. O software processa dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos e fornece estimativas com alta precisão do nível de IFX requerido no sangue, permitindo que os médicos ajustem o medicamento com alta eficácia.

Dessa forma, o software é capaz de fornecer previsões de respostas terapêuticas, facilitar o manejo clínico e aumentar a eficácia dos resultados dos tratamentos. O software torna-se, assim, em uma espécie de “auxílio digital” para médicos que cuidam de pacientes com a doença de Crohn.