Utiliza corrente elétrica no processo de purificação das biomoléculas
Parceria de desenvolvimento
Novidade permite uma purificação mais segura de biomoléculas que possuem afinidade por íons metálicos
A purificação de biomoléculas é uma técnica importante para a biotecnologia, pois permite a obtenção de substâncias como peptídeos, proteínas, ácidos nucleicos, células e anticorpos livres de misturas, materiais que são necessários para a confecção de vacinas, remédios e terapias diversas.
A realização deste processo proporciona a confecção de pesquisas com resultados mais fidedignos à realidade, uma vez que permite, por exemplo, a análise de diversas propriedades, como a estrutura, atividade e interações moleculares de substância específicas em investigações clínicas.
Com relação às biomoléculas que possuem afinidade por íons metálicos, a técnica de purificação mais comum é a cromatografia de afinidade, um procedimento que envolve o uso de uma matriz sólida com íons metálicos fixados por meio de um agente quelante, que retém a molécula ionizada enquanto outras moléculas passam através da matriz. No entanto, este processo pode resultar em contaminação de biomoléculas por metais, o que pode ser especialmente problemático em terapias de longo prazo.
Com o objetivo de reduzir o risco de contaminação por metais durante o processo de purificação de biomoléculas com afinidade por íons metálicos, pesquisadores da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (FEQ – Unicamp) desenvolveram uma nova abordagem tecnológica que utiliza corrente elétrica no processo de cromatografia. O método dispensa a necessidade de um agente quelante ao empregar um criogel monolítico de poliacrilamida como adsorvente, fator que causa a retirada direta dos íons metálicos das substâncias e purificação das biomoléculas com menor risco de contaminação.
A utilização do agente quelante na cromatografia de afinidade pode ser problemática porque ele é capaz de formar ligações químicas com metais, Além disso, durante o processo de purificação, o agente quelante pode se desligar da matriz e contaminar a biomolécula purificada, tornando-a inadequada para uso terapêutico ou outros fins biológicos. O novo processo desenvolvido pela Unicamp elimina a necessidade de um agente quelante, o que ajuda a reduzir o risco de contaminação e melhorar a segurança do processo de purificação.
A técnica desenvolvida pela Unicamp possui uma ampla aplicabilidade em biomoléculas com afinidade por íons metálicos, tornando-a uma opção para a utilização pelas indústrias farmacêuticas e biotecnológicas. A eliminação do agente quelante do processo de purificação também torna a técnica mais sustentável, pois reduz a quantidade de resíduos químicos gerados durante o processo.
Aplicações
O novo processo possibilita a pruficação de proteínas que apresentam afinidade com íons metálicos.
Problema Solucionado
O novo processo promove uma interação mais forte, de origem eletrostática. Com isso, essa forte interação eletrostática promove ao processo de purificação de proteínas uma diminuição da transferência dos íons metálicos para a proteína alvo e do desprendimento da matriz, além da redução do custo de trabalhar com um agente quelante para imobilizar o íon metálico.
Vantagens
Utiliza corrente elétrica no processo de purificação das biomoléculas
Elimina o agente quelante garantindo menos riscos de contaminação
Reduz a quantidade de resíduos químicos
INVENTORES
Ambrósio Florêncio de Almeida Neto
Faculdade de Eng. Química
Faculdade de Eng. Química
Unidade da Unicamp
PARCEIROS
1815_criogel
Processo de eletroadsorção em criogel para purificação de biomoléculas
DEPOSITADO
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