Na busca por combustíveis alternativos aos de origem fóssil, o bioetanol é uma opção com várias vantagens potenciais: ele é sustentável, renovável, reduz as emissões de gases causadores do efeito estufa, tem ótima combustão, entre outras. Contudo, um desafio a ser enfrentado é a adaptação da biomassa comumente usada para este fim (como a cana-de-açúcar e o milho) às mudanças climáticas.

Foi com esse objetivo que pesquisadores do Instituto de Biologia da Unicamp desenvolveram uma construção genética que permite aprodução de enzimas inulinases (cassete de expressão de inulinases), eficazes nos processos bioquímicos de transformação de frutanos em bioetanol. Frutanos são o segundo tipo de carboidrato mais comum em plantas, encontrados especialmente no agave – altamente adaptado à regiões semiáridas.

O Brasil é o maior produtor mundial de sisal (fibra proveniente do agave), cujos resíduos são muito pouco aproveitados no país – e que podem se constituir em uma abundante fonte de biomassa para a produção do bioetanol a partir de processos com o uso das enzimas inulinases.