Desde 2015 o Zika vírus tem sido um grande problema de saúde pública. Causador da microcefalia em recém-nascidos e da síndrome de Guillain-Barré em adultos, até o momento não há vacinas ou tratamentos específicos para essa infecção, o que torna urgente a busca por novas abordagens terapêuticas eficazes contra o vírus.

Para contornar esse problema, um grupo de pesquisadores da Unicamp desenvolveu um composto chamado Co-AtdSali, que combina o metal cobalto (Co II) com uma molécula derivada da amantadina, uma substância química já conhecida por suas propriedades antivirais, que interfere na replicação de certos vírus. Esse novo composto químico foi testado em parceria com pesquisadores da UFU e demonstrou uma inibição significativa da replicação do Zika vírus em células de laboratório, atingindo 91,3% de eficácia, um desempenho superior ao de seus componentes individuais.

O novo composto apresentou maior eficácia antiviral do que as substâncias atuando isoladamente, além de alta viabilidade celular, ou seja, não é tóxico ou tem um impacto mínimo sobre as células saudáveis. Dessa forma, o invento ganha potencial aplicação na indústria farmacêutica para o desenvolvimento de um tratamento específico contra o Zika vírus.