GETS – Gerenciamento de Tecnologia para Saúde
Sistema desenvolvido na Unicamp auxilia no gerenciamento de equipamentos odonto-médico-hospitalares de forma rápida e precisa
O bom gerenciamento do parque de equipamentos médico-hospitalares de uma instituição de saúde é uma atividade que demanda ferramentas informatizadas para o cadastro e organização padronizada desses aparelhos. Nesse sentido, o sistema GETS (Gerenciamento de Tecnologia para Saúde) se mostra um instrumento essencial, pois permite acompanhar de forma rápida e precisa a situação do maquinário e o trabalho da equipe de manutenção, com base em dados quantitativos e qualitativos.
Criado por pesquisadores do Centro de Engenharia Biomédica (CEB) da Unicamp, o GETS é um sistema informatizado que engloba inventário, fluxos de manutenções e ciclo de vida de dispositivos odonto-médico-hospitalares, além dos custos envolvidos nos procedimentos. A tecnologia ainda abrange os processos de aquisição do aparato, peças, serviços, contratos e outros fluxos, bem como histórico e acompanhamento em tempo real, com indicadores clássicos e novos de engenharia clínica produzidos exclusivamente pelo CEB.
O programa foi desenvolvido em plataforma web e software livre e possibilita unificar as nomenclaturas e padrões gerenciais em engenharia clínica entre vários Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS). Essa característica permite a ele subsidiar o Centro Integrado de Engenharia Clínica (CIEC), um banco de dados localizado no CEB e que possui informações sobre a tecnologia para saúde instalada no país, podendo ser empregado por setores como EAS, Ministério da Saúde, SUS, Anvisa, empresas da área médica e universidades interessadas em elaborar novos métodos.
Outros softwares disponíveis no mercado não possuem padronização de nomenclatura, não centralizam informações em rede e não possuem o mesmo mecanismo de acompanhamento do parque com padronizações. O GETS, por outro lado, é o único sistema no país com uma base de dados centralizada com informações de todas as instituições que o utilizam. Isso permite a realização de pesquisas e análises estatísticas em tecnologia para saúde, distribuição e desempenho e, como consequência, traz o potencial de impulsionar o desenvolvimento da engenharia clínica no Brasil e a melhoria da sua tecnologia médico-hospitalar.