Elevar a eficiência dos processos de tratamento de águas é um objetivo sempre perseguido, tendo em vista a dificuldade de remover novos tipos de poluentes e a formação de subprodutos tóxicos, que muitas vezes não são plenamente eliminados pelos métodos convencionais. Foi com esse objetivo que pesquisadores da Unicamp desenvolveram um processo mais eficiente de eliminação de componentes químicos no tratamento de águas usando materiais bioadsorventes a partir da incorporação de microalgas em membranas poliméricas, produzidas por meio da técnica de rotofiação.
Os materiais adsorventes possuem uma superfície sólida insolúvel, porosa e com alta área de contato, e por isso, são ótimos agentes para promover a adesão em sua superfície de moléculas insolúveis dispersas em meios líquidos. E a bioadsorção é uma opção ambientalmente atrativa, pois utiliza agentes biológicos como adsorventes. Neste caso, optou-se pelas microalgas elas pois possuem alta taxa de crescimento, necessitam de baixa disponibilidade de espaço e apenas luz e poucos nutrientes para reprodução.
As membranas, por sua vez, apresentam alta eficiência e seletividade no tratamento de águas, baixo custo operacional, dispensam o uso de produtos químicos, têm facilidade de modificação e de integração a outros processos do tratamento. Neste processo, optou-se pelo uso da rotofiação para a sua elabotação por ela ser mais segura, de fácil operação e de produtividade superior à eletrofiação, outro método comum, o que torna a sua produção mais atraente do ponto de vista industrial.