Software classificador de resinas plásticas identifica a principal matéria-prima dos objetos separados nas cooperativas de reciclagem
Pesquisadoras da Unicamp desenvolvem software de identificação de resinas plásticas baseado em seus sons de amassamento
A reciclagem no Brasil enfrenta desafios estruturais, como o baixo incentivo do Estado e o hábito generalizado do descarte indevido de resíduos. Há também problemas internos nas iniciativas recicladoras, como a dificuldade na seleção, separação e destinação dos materiais a serem reciclados. Também pudera, afinal, grande parte dos rejeitos recicláveis está numa sopa de letrinhas de plástico: PET, PEAD, PVC, PEBD, PP, PS… A quantidade e a variedade destas substâncias é um desafio para as cooperativas de reciclagem na medida em que seus profissionais têm dificuldade de identificar as resinas para encaminhá-las.
A tese da mestranda Letícia Tessarini e de sua professora, Ana Maria Frattini Fileti, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Universidade de Campinas (Unicamp), se propõe a resolver o problema do reconhecimento dos materiais. Trata-se de software que classifica as resinas plásticas de acordo com os sons produzidos ao serem amassadas. Ainda em estágio de prova conceitual, o software é abastecido com bancos de dados sonoros dos materiais, que passam por uma série de filtragens e categorizações para, no fim, indicar a classe a qual a resina em análise faz parte.
A tecnologia foi desenvolvida em Python no ambiente Google Colab e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A invenção é de código aberto e busca inovar no mercado ao se propor a demanda posta.