Novos procedimentos técnicos identificam vazios disfuncionais e facilitam a sua reversão a fim de otimizar a alocação do espectro óptico

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas em parceria com profissionais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) e do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) desenvolveram uma tecnologia que permite melhorar a comunicação por fibra óptica.

A solução se baseia em explorar características de redes ópticas elásticas, que possuem largura de banda sob demanda, permitindo uma alocação mais eficiente do espectro óptico. Essa tecnologia é fundamental em sistemas de comunicação de alta velocidade, em que a largura de banda tende a se tornar um recurso limitado e valioso com o crescimento exponencial do tráfego..

A ideia para o melhoramento da performance na transmissão de dados através de fibra óptica consiste em reduzir as perdas causadas pela fragmentação do espectro óptico, especialmente os vazios disfuncionais que não podem ser preenchidos totalmente pelas conexões demandadas pelo tráfego, o que diminui a eficiência do sistema.

Para resolver esse problema, os pesquisadores utilizam uma pluralidade de buscas com base no estado do sistema e no conhecimento das quantidades de slots por conexão demandadas pelo tráfego. Além disso, a tecnologia utiliza conceitos da Teoria Elementar dos Números para identificar os vazios disfuncionais e determinar a melhor maneira de alocar o espectro óptico de forma eficiente.

Com esses procedimentos, a alocação de espectro óptico se torna ainda mais eficiente e proativa, melhorando o desempenho das redes ópticas elásticas de alta velocidade. Atualmente, esforços estão em andamento no sentido de potencializar a alocação com o conhecimento das taxas de requisição dos diversos tamanhos (em números de slots) das conexões demandadas pelo tráfego, que pode ser obtido através de técnicas de aprendizagem de máquina.